Até quando os moradores da Baixada Santista ficarão presos no trânsito por horas e horas? São dias de trabalho perdidos, compromissos, prejuízos. Nesta manhã, o motorista que utiliza as rodovias do Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI) enfrenta mais um dia de caos nas rodovias que ligam as cidades da Baixada Santista à Capital. Está tudo parado em Cubatão, Santos, São Vicente, Praia Grande e Guarujá.

E a previsão é de que ocorram intensos congestionamentos ao longo do dia em decorrência do novo horário de funcionamento dos Pátios Reguladores, localizados às margens da estrada Na última sexta-feira, a prefeita de Cubatão, Marcia Rosa (PT), sancionou um decreto que disciplina o funcionamento dos estabelecimentos destinados ao estacionamento de veículos de transporte de carga. Desde segunda-feira, estes locais somente podem funcionar das 8 às 18 horas. Com isso, os caminhões estão represados.

"São quase todos os dias assim e os únicos prejudicados somos nós que trabalhamos no Centro de Santos e precisamos passar pela Anchieta. Quase duas horas dentro do ônibus e a saída foi descer, voltar para casa e pegar outro, lamentável", diz Paula Roberta Paulino, pelo Facebook.

Já o internauta Xandy cobra providência das autoridades. "Será que é tão difícil assim criar um bolsão e liberar os caminhões apenas quando tiver condições de carregarem ou descarregarem no porto? E os nossos compromissos, pois estamos literalmente "ilhados" em Santos. Como queremos ter o maior Porto da América Latina se temos o pior acesso? Como queremos ser uma região sub sede da Copa do Mundo, se ninguém consegue entrar ou sair da Baixada Santista?".

O congestionamento na Cônego Domênico Rangoni atrapalha a vida de todo o mundo. A internauta Alicia Soares diz que seu pai nem chegou do serviço desde ontem. "Ele entrou às 16h de segunda e diz que não tem hora para sair".

"Peguei o ônibus 911 para Cubatão às 5h10, em Praia Grande. Só consegui chegar aoo meu trabalho, em Cubatão, (trabalho na ferrovia), às 10h20. Quase toda a semana é esse caos em Cubatão", protesta Leandro P. Fernandes.

"Trabalho em São Bernardo do Campo e usamos ônibus fretado. Nosso ônibus chegou no centro de Santos às 5h50 e só conseguimos chegar em São Bernardo do Campo às 8h45. Isso porque o nosso motorista pegou vários atalhos em São Vicente e Praia Grande para chegar até a Imigrantes. O que eu não concordo é que a senhora prefeita de Cubatão, que está com seus direitos políticos cassados e seus bens particulares bloqueados, sem fazer nenhum tipo de reunião, baixe um decreto que venha prejudicar tanta gente, principalmente a cidade de Cubatão. Pois os funcionários do polo Industrial de Cubatão também ficaram presos neste congestionamento e chegaram atrasados nas indústrias e conseguentemente a produção teve atrasos", comentou Albero Luiz Ramalho.

"Moro em Praia Grande e trabalho em Cubatão e foi impossível chegar. Até quando vamos ter que conviver com isto? São milhares de pessoas prejudicadas pela incompetência de nossos governantes. Várias pessoas ficaram pressas dentro de ônibus sem poder descer, sem poder voltar", lamenta Paulo Varoli.

Um funcionário de uma industria de Cubatão informnou que saiu ontem às 23 horas do trabalho, mas o fretado só conseguiu chegar na empresa hoje de manhã, por volta das 7 horas. Para chegar em casa, o percurso demorou cerca de duas horas. Inconformado, ele aguarda em casa para retornar ao trabalho às 15 horas, sem a certeza do horário em que o fretado conseguirá chegar ao trabalho.

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