domingo, 6 de outubro de 2013

Vídeo: Unidade de Saúde em Praia Grande tem fila de espera de 10 meses

Moradores dizem que alguns exames demoram até um ano para acontecer.
Cidade recebe reforço do Mais Médicos nesta quarta-feira (2).

Moradores do bairro Vila Mirim, em Praia Grande, no litoral de São Paulo, estão tendo dificuldades para marcar consultas. A espera por algumas consultas chega a um ano em alguns casos. A unidade da Saúde da Família (Usafa) está em obras, iniciadas em agosto de 2012 e com previsão de término em dezembro deste ano, mas o atendimento na unidade não foram interrompidos.

Alessandra Izildo Félix, dona de casa, diz que há 10 meses aguarda uma consulta. “Marcaram o vascular e até agora nada. Estou na fila de espera e têm 42 pessoas na minha frente. Já fiz um ultrassom na perna, estou com trombose, mas até agora nada”.

Em Praia Grande, os atendimentos dos bairros são separados em grupos com cores diferentes de cartão. Na Vila Mirim, as cores são azul, amarelo e verde. Todos os grupos reclamam da falta de atendimento. Francisca Maria de Lima também espera ser atendida. “Eu estou com uma consulta de encaminhamento médico faz oito meses e até agora não fui atendida”.

Maria Ernestina Gomes espera há seis meses para ser atendida. “Não tem médico para atender a gente, me sinto péssima. Vim trazer o cartão para marcar consulta e a moça me falou que não tem médico e não tem previsão de quando vai vir. Ela pediu para que eu deixasse o nome na lista de espera, que daqui a seis meses eu posso ser chamado”, afirma.

Maria Teixeira Alves, dona de casa, conta que as desculpas por falta de médicos são variadas. “Quando eu venho aqui dizem que a médica não veio. Marcam de novo, eu volto e dão alguma desculpa. Já vim três vezes aqui e a médica nunca atende”, afirma.

Adriano Maximiliano, subsecretário de gestão da Prefeitura de São Vicente, reconhece que há problemas e aponta algumas soluções. “O que tem ocorrido é que a médica da equipe verde teve um problema de saúde e ela está de licença médica. Nesse período estamos com dificuldades para repor o médico da equipe verde”, explica.

Maria dos Santos diz que marcar exames com as especialidades é outro problema. “Você vai passar num dermatologista e não tem vaga. Como é que você vai esperar um ano para passar no ortopedista? O coração do cidadão fica insatisfeito porque as coisas deveriam ser melhores”, diz.

Segundo o subsecretário, as outras equipes estão completas e receberão reforço. “Nós temos dificuldade de acesso. A Prefeitura está ampliando a unidade, reformando. Nossa programação para o próximo exercício é um acréscimo no número de equipes dessa unidade e a médica que está de licença será recolocada aqui, em virtude da chegada de dois novos profissionais do programa Mais Médicos, dois brasileiros que já começaram a trabalhar. Nós teremos condições de remanejar um médico de outra unidade para estar fazendo a cobertura da equipe verde a partir de amanhã”, finaliza.

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