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terça-feira, 30 de abril de 2013

Festa de S. Benedito deve reunir 2.500 pessoas

Organizadores destacam mudança de local da tradicional missa.

Por causa do cada vez maior número de fiéis, a tradicional festa da Irmandade de São Benedito de Praia Grande e São Paulo, realizada anualmente na Cidade, este ano terá como palco a Paróquia Nossa Senhora das Graças, no Bairro Ocian. Até o ano passado, a festa ocorria no entorno da Igreja de Santo Expedito, no Bairro Maracanã. Nesta sua 12ª edição, que ocorre dia 26 de maio, é aguardada a presença de cerca de 2.500 pessoas.

A divulgação dos festejos está sendo feita por uma comissão da irmandade, liderada pelo juiz Hiderval Oliveira e pelos irmãos Maria Aparecida Lemos (a artista plástica Malema), Ariovaldo Campos Marins e Jane Cavalcante, que esteve terça-feira (30) na Prefeitura.

A festa tem como um de seus atrativos a apresentação de grupos de congada – uma celebração popular de origem afro-brasileira, que mistura elementos religiosos católicos com um tipo de dança que comemora a coroação do rei do Congo, e consta de cortejo com passos e cantos próprios.

Em São Paulo, serão realizadas, de 19 a 22 de maio, os Tríduos Preparatórios da grande festa, com orações, encontros e pregações. Para a festa em Praia Grande está prevista a vinda de caravanas de diversos municípios do interior de São Paulo e de outras unidades da federação.

As celebrações começam às 7h30, com o tradicional Café de São Benedito, no salão da paróquia de Ocian, seguindo-se procissão, missa festiva e apresentação dos grupos de congada.

História – São Benedito nasceu na Sicília, Itália, em 1526. Seus pais eram descendentes de escravos vindos da Etiópia e mais tarde libertos por seus senhores, tomando o sobrenome deles, Monassero. De família pobre, foi pastor de ovelhas e lavrador. Aos 18 anos decidiu se dedicar à religiosidade, mas somente aos 21 anos foi chamado por um monge para viver entre os Irmãos Eremitas de São Franciscode Assis. Professou os votos de pobreza, obediência e castidade. Andava descalço, dormia no chão sem cobertas e fazia muitos outros sacrifícios. Pessoas o procuravam pedindo conselhos, orações e
alcançavam muitas curas.

Depois de 17 anos, foi obrigado a se mudar para o Convento dos Capuchinhos, onde trabalhou como cozinheiro. Após alguns anos, em razão de sua santidade, prudência e sabedoria, foi eleito pelos seus irmãos de comunidade como superior do mosteiro. Tendo concluído seu período como superior, retornou com humildade e naturalidade para a cozinha do convento.

O café da manhã oferecido nas festas em sua homenagem vem de suas ações: sempre que podia, São Benedito apanhava alguns alimentos do convento, metia-os nas dobras de suas vestimentas e, disfarçadamente, levava aos necessitados. Conta-se que, numa dessas ocasiões, foi surpreendido pelo superior do convento, que perguntou: “Que levas aí, na dobra de teu manto?”. Respondeu: “Rosas, meu senhor!”. Então desdobrou o burel franciscano e, em lugar dos alimentos, apresentou aos olhos pasmos do superior uma braçada de rosas.

Reverenciado de Norte a Sul do Brasil, onde o chamam de “O Santinho Preto”, São Benedito morreu em 4 de Abril de 1589, em Palermo, na Itália. Seu culto, um dos mais populares do País, é associado aos padecimentos do negro brasileiro.

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